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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Independência como liberdade

O título faz um trocadilho relacionado ao título do livro "Desenvolvimento como Liberdade" de Amartya Sen (Economista Indiano e Prêmio Nobel de Economia de 1998). No dicionário essas duas palavras são colocadas como sinônimas, mas na realidade elas se mostram completamente diferentes. Nós temos independência mas não temos liberdade: liberdade de andarmos tranquilos nas ruas, liberdade em escolher nossas opções sexuais, religiosas, políticas e até futebolísticas, liberdade em buscar oportunidades, liberdade em tomar atitudes contra a corrupção, liberdade em ser quem somos em nossa essência, sem que sejamos atropelados por vários tipos de violência, ou seja, nós temos independência, mas não temos liberdade.
Em seu livro Amartya Sen nos deixa a seguinte ideia:

A expansão da liberdade é o principal fim e o principal meio do desenvolvimento. Consiste na eliminação de tudo o que limita as escolhas e as oportunidades das pessoas.


Amartya Sen
Ele expressa isso na seguinte afirmação: "Os fins e os meios do desenvolvimento exigem que a perspectiva da liberdade seja colocada no centro do palco. Nessa perspectiva, as pessoas têm de ser vistas como ativamente envolvidas - dada a oportunidade - na conformação de seu próprio destino e não apenas como beneficiárias passivas dos frutos de engenhosos programas de desenvolvimento" (SEN, 2000, p. 71).


E é nessa perspectiva de busca de liberdade que deixo uma reflexão sobre a real independência do Brasil. O país vem alcançando melhorias significativas, retratadas pelos principais indicadores econômicos e sociais existentes, mas isso vem com um custo alto, quando a busca do desenvolvimento almejado limita nossas escolhas e busca de oportunidades. Quando observamos uma juventude transviada em que os limites são ultrapassados e o desrespeito impera sem o menor problema, quando o TER passa a ser mais importante que o SER, quando passamos a ser reféns do MEDO e das grades de nossas casas, quando a vida passa a ser ONLINE e as relações interpessoais acabam se perdendo com o tempo...tem alguma coisa errada com a vida na PÓS-MODERNIDADE!
Acredito que precisamos investir na mudança de atitudes e não precisamos esperar pelos outros, basta seguir o sábio conselho de Mahatma Gandhi: seja você a mudança que quer ver no mundo!

Viva a liberdade do Brasil!








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