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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Confiança

Recentemente, essa palavra vem me perseguindo muito e já faz alguns dias que penso em escrever sobre o assunto, mas não saberia dizer como começar, então estou começando assim, meio sem saber por onde. Falo isso porque o mundo tem nos levado a perder muitas coisas, dentre elas: respeito, fé e a tal da confiança. 
Percebo que somos levados a vivermos isolados e seguros do mundo lá fora, cada um por si e baseados no "salve-se quem puder!". E nessa perspectiva algumas coisas que fazemos no dia a dia nos remetem a essa insegurança, tudo isso por sermos bombardeados com notícias e estórias que nos levam ao medo e ao isolamento.
Pois bem, de certa forma, também estou dentro desse contexto e acabo tomando atitudes que levam a me proteger desse mundo aí fora...tenho muito cuidado e sou muito observadora com as pessoas que estão ao meu redor...procuro imaginar diversas possibilidades de encontrar o perigo e assim como, maneiras de me esquivar dele e aí entramos numa neurose daquelas, principalmente quando penso nos meus filhos. Em relação à Dandara, o celular se transformou em um GPS, pois procuro saber onde ela está com uma frequência meio exagerada (Fico imaginando como era a relação de confiança da minha mãe se naquela época não havia celular...e aí penso que talvez não existissem tantos perigos à nossa volta!).
No entanto, a tal da CONFIANÇA veio à mim e tive que me render a ela.
Em setembro precisei ir à Maceió, fui sozinha, de carro. Na cidade de Novo Lino há uma base da Polícia Rodoviária Federal. Quando vou me aproximando um guarda dá sinal para eu parar. Como ando sempre certinha, uma parada da PRF não me incomoda. Assim que eu paro, e estou tirando os documentos da bolsa, ele me pergunta:

- A senhora está indo para onde?
- Para Maceió.
- A Senhora me dá uma carona?
- Mas eu vou ficar ali na UFAL.
- Eu moro ali perto.
- Ai, não sei...
- A Senhora está com medo? Eu sou policial!
-.... (pensando com meus botões: e daí? faz alguma diferença hoje???)
- A senhora pode me dar uma carona?
- Tá...

Na verdade eu me senti pressionada e não sabia como dizer "não" para um policial. Fomos. Eu rezando e pedindo a Deus proteção... e aí fomos conversando sobre as estradas ruins, sobre as greves e aí chegamos na greve da UFAL. Descobri que ele além de ser policial, também era aluno de música da universidade (interesses diferentes né??). Ele justificou que precisava ter estabilidade na vida, agora que ela chegou os sonhos passam a ter prioridades. Na conversa descobri que ele também tinha um filhinho de 1 ano e 8 meses...assim, a partir de então a conversa rolou solta e a confiança se estabeleceu. Deixei ele em um posto de gasolina e segui para a UFAL inteirinha, graças a Deus!
Não é estranho, não confiar em quem trabalha para nos ajudar? Pois é, eu também acho, por isso começo a pensar mais racionalmente sobre a questão.
E falando em confiança, semana passada fomos comemorar o aniversário de Tarcísio em um Hotel em Porto de Galinhas, os meninos aproveitaram muito, principalmente Enzo que se esbaldou na piscina. Então gravei um vídeo dele que mostra o quanto ele confia na gente.


Ele se joga porque sabe que vamos segurá-lo e por isso ele confia plenamente nessa certeza. Também lembro que Dandara fazia a mesma coisa quando era pequena, pois se jogava de um balcão que separa a sala da nossa cozinha sem nem pensar duas vezes...então percebo que ao mesmo tempo em que damos confiança para os nossos filhos, tiramos deles quando passamos o medo e a falta de confiança nas pessoas... o que fazer?
Assim, mais uma vez tive que me deparar com esse sentimento de confiança...
Essa semana, na minha vinda de volta de Santana do Ipanema (AL) o pneu do carro estourou... (calma, você sabe o que fazer!)... a estrada é bem deserta, uma ladeira sem acostamento, nenhuma cidade perto, 16:30 da tarde e eu não conseguia mover nem por um milímetro os parafusos da roda... pensei (vou acionar o seguro!), quando olho para o celular, sem sinal!!!!!!!!!!!! (Pânico: o que eu vou fazer???)
A única coisa que eu pensava era: meu Deus, me ajude!!!
Depois de uns vinte minutos de desespero, Deus me mandou um anjo... um rapaz chamado Paulo, não devia ter mais que 20 anos, passou de moto, parou e eu GELEI. Não tinha muitas opções naquele momento!

- Boa tarde, quer ajuda moça?
- Quero... o pneu estourou e não estou conseguindo tirar os parafusos.
- Na hora, faço isso rapidinho!
- Vai pra onde?
- Prá Escada!
- Tá longe, e essa estrada é muito perigosa, principalmente nesse horário!
- Foi Deus que lhe enviou para me ajudar, estava ficando desesperada...
- As pessoas precisam se ajudar né?
- É verdade...
- Um motorista precisa ajudar o outro, principalmente as mulheres...

Cinco minutos e o pneu estava trocado...agradeci imensamente a esse ajudante desconhecido que só sei o nome e mora em Quipapá... agradeci também muito a Deus... o que seria de mim sem essa ajuda e essa confiança mútua? De igual modo, ele também poderia estar correndo perigo...
Então me lembrei de um comercial muito bonito da Coca-Cola que fala que os bons são maioria e que precisamos acreditar e confiar nisso, por isso compartilho isso com vocês!




terça-feira, 27 de setembro de 2011

O abraço de um pai ou de uma mãe

Críticas à parte... eu chorei horrores com esse vídeo!
Visualizei hoje pela manhã na página do Facebook da minha amiga Sâmia, ela sempre posta muitas coisas legais e com esse vídeo não foi diferente...
Lembrei muito de Tarcísio nos tempos em que ele vivia no Sertão e eu ficava em casa com os meninos. Duas semanas eram uma eternidade longe dele, imagina alguns meses... Para quem não sabe, Tarcísio e Dandara vivem como cão e gato em casa, brigam até não poder mais ou eu interferir, vale a lei do "quem arreta mais"!
Mas quando ele passava semanas no Sertão uma frase recorrente de ambos os lados era:
Tô com saudade!
Saudade de brigar ou de arretar, como pode isso? 
Abraço com cheirinho de pescoço suado...
As relações entre pais e filhos não podem ser explicadas cientificamente (pelo menos acho que não!)...vêm de um plano superior, tinha algum propósito para a gente se encontrar... as vezes até me pergunto: por que fomos escolhidos para sermos os pais de Dandara e Enzo?
E falando em saudade, me lembrei dos longos meses distante e longe da minha pequena Dandara, como foi duro pra gente a nossa ausência uma da outra! No entanto, a alegria do encontro e do reencontro superava cada sentimento de saudade... esse abraço do reencontro é inexplicável, você quer ficar grudado neles sem se soltar, para ter a impressão de que nada nos separa mais...não precisamos nem nos olhar, abraçar vai além disso...
E hoje, cá estou eu no Sertão com saudade deles e vendo vídeos e fotos na tentativa de diminuir um pouco esse sentimento, mas acontece justamente o contrário, a saudade aumenta e faz doer... a única coisa que me faz levantar a cabeça e continuar é pedir a Deus e crer na certeza do reencontro e é pensando nisso, no reencontro, que compartilho esse vídeo aqui também... abracem os seus filhos o quanto puderem... a gente não sabe o dia de amanhã!


Só queria estar com os meus, abraçar e sentir o cheirinho de pescoço suado... para mim não tem cheiro melhor do que os pescoços suados deles quando acordam pela manhã...mas que bom que "o seu cheiro mora em meus pulmões!".

Comemorando os 40 anos

Mais um motivo para encontrar pessoas queridas: familiares e amigos.
Fazendo pedidos...
O bom desses encontros é que as pessoas aparecem sem obrigação. Vêm apenas comprometidas em encontrar pessoas e fazerem desses encontros momentos agradáveis. Foi assim na comemoração do aniversário de Tarcísio: reunião de velhos e novos amigos. Esse encontro nos levou às estórias antigas, algumas engraçadas, outras marcantes... No entanto, o mais importante desse encontro é que ele nos levou a acreditar que embora a gente mude com o tempo, as boas e verdadeiras relações de amigos permanecem.



Aí me lembrei de uma música cantada por Oswaldo Montenegro que diz o seguinte:

A Lista

Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,

hoje acredita que amam você?


Embora os encontros sejam mais esparsos, eles permanecem, no tempo e no espaço, pelas relações que foram construídas ao longo do tempo. Assim, a gente acaba sendo um pouco de cada um e cada uma que passou ou que ficou em nossa vida. 
Para marcar esse momento organizei uma singela homenagem na qual as pessoas precisariam resgatar algumas estórias vividas com ele. Esse foi um momento muito marcante na comemoração, pois cada um, à sua maneira, trouxe à tona um pouco da vida compartilhada com Tarcísio. Jailson (amigo de longa data da época da Pastoral de Jovens do Meio Popular - PJMP) fez referência à importância da chegada aos 40 anos. Ele disse que essa idade marca a transição entre o sucesso ou fracasso. Diante de tudo que foi sonhado e projetado na juventude é o momento em que é possível analisar se tudo que foi sonhado ou projetado aconteceu de fato. E a música retrata um pouco isso: você é do jeito que achou que seria? Em se tratando de Tarcísio, ele se encontra onde imaginou que estaria e que por conta disso acaba sendo uma referência positiva para as pessoas que convivem com ele.
Ana resgatou as estórias engraçadas vividas em um congresso em Belo Horizonte, Cândida, o apoio nos momentos difíceis e Bel resgatou algumas fotos das antigas, com ele bem magrinho, contando as estórias vividas quando jovens na Comunidade de Jovens Escadenses (CJE). Nesse grupo, assim como na PJMP, as estórias foram muitas: das mais engraçadas e cabeludas até às mais sérias, pois esse grupos foram fundamentais para a formação das pessoas que somos hoje, não apenas comprometidos com o nosso crescimento pessoal, mas, principalmente pelo crescimento coletivo, por pensarmos no outro também numa perspectiva de mudança da sociedade, como ressaltaram Bel e Jailson.
No final de seu depoimento, Bel questionou: será que conseguimos mudar o mundo? Não diria o mundo, mas o nosso mundo pessoal, pois quando a gente muda, o mundo ao nosso redor também muda. Consequentemente, todas as pessoas que fazem parte do nosso mundo pessoal ganham com essa mudança, principalmente os nossos filhos. Somos sua melhor referência!
Então eu diria: eu mudei o meu mundo, disso não tenho a menor dúvida!
Para finalizar, montei um vídeo retratando os momentos mais significativos de sua vida, desde bebezinho até agora, nada profissional, mas feito com muito carinho...mas, o mais difícil foi colocar uma vida inteira em 10 minutos de fotos.
Finalizo com a certeza de que embora o tempo passe e a gente mude ao longo desse processo (pois nada é imutável nessa vida!), o que fica são as nossas memórias, nossas convicções e as relações pessoais que construímos no decorrer da nossa vida. Acredito que esse tenha sido o melhor presente recebido por Tarcísio, principalmente nessa fase em que a sua vida se encontra, como ele mesmo disse: MUITO SUAVE, e isso é bom!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

40 anos

Nas duas últimas postagens fiz referência a esse momento tão especial e que finalmente chegou: o aniversário de 40 anos de Tarcísio. Esta data também é marcada pelo dia da árvore e pelo início da primavera, duas coisas que simbolizam a vida e a renovação, a esperança de que tudo muda constantemente, retratada, principalmente, pela condição natural das coisas e da essência daquilo que nos faz existir!
O que dizer nesses dias especiais?


Embora as palavras nos faltem, o que desejamos de coração para essas pessoas especiais é o desejo de todos os sentimentos bons rodeados como uma aura de vida e luz. Nesse momento, agradeço a Deus por conviver de perto com ele... aprendi, cresci, amadureci, me renovei e me renovo a cada dia como pessoa, assim, percebo como é bom ter tido a oportunidade da gente ter se cruzado, haja vista a existência de 6 bilhões de pessoas nesse planeta.
Escutei essa música recentemente e fala um pouco desse sentimento:

Que sorte a nossa
Nesse mundo há tanta gente
E a vida me pôs ao seu lado
Será que a sorte é nossa
Ou é de toda gente
De ter o mundo ao seu lado?
(E tudo mais - Nando Reis)

Nesse caso, o universo conspirou em nosso favor, em algum lugar estava escrito para ser assim. Por isso, o que fica na nossa existência são as nossas ações e atitudes e, sempre que penso nisso em relação a Tarcísio, percebo que suas ações e atitudes acabam deixando marcas boas nas pessoas, algumas engraçadas e outras completamente sem noção (ele é muito descuidado com as pessoas, as vezes!), mas que no todo são atitudes e ações muito positivas, principalmente pelo reconhecimento do sentimento humano que há nele, mas que só algumas pessoas têm acesso...isso por que ao longo dos últimos anos, ele se permitiu se doar sem reservas...com isso todos que o rodeiam ganharam, tornou-se um exemplo a ser seguido. Não o exemplo perfeito, mas o exemplo humano, cheio de defeitos, mas que busca sempre acertar...e nessa busca, os erros surgem e são vistos e revistos como um processo de amadurecimento e crescimento pessoal.
E nessa busca, te desejo pelo menos mais 40 anos, dos quais quero ainda compartilhar ao menos uns 20, com isso já continuaria a ser a pessoa mais feliz do mundo, pois feliz eu já sou...
Tem um texto do Ivan Martins (Revista Época) que fala sobre as pessoas especiais e de como é difícil encontrá-las que diz o seguinte:

Da minha parte, tendo pensado um pouco, acho que a pessoa especial é aquele que enche a minha vida. Ele é a resposta às minhas ansiedades. Ele me dá aquilo que eu nem sei que eu preciso – às vezes é paz, outras vezes confusão. Eu tenho certeza que ele é lindo por que não consigo deixar de olhá-lo. Tenho certeza que é a pessoa mais sensual do mundo, uma vez que eu não consigo tirar as mãos dele. Certamente é brilhante, já que ele fala e eu babo. E, claro, o homem mais engraçado do mundo, pois me faz rir (...). Tem também um senso de humor inteligentíssimo (...). Com ele eu viajo, durmo, como, transo e até brigo bem. Ele extrai o melhor e o pior de mim, faz com que eu me sinta inteira.

Que bom que te encontrei...ou que você me encontrou... ou que o universo juntou!

Agora posso, finalmente presenteá-lo com o seguinte texto rejeitado há dois meses atrás, porque ele alegou que só tinha 39 anos e 10 meses... agora não tem jeito e não pode ser recusado!

Coisas que a vida nos ensina depois dos 40...


                    Amor não se implora, não se pede não se espera...
                                         Amor se vive ou não.
            Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
           Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
                              mostrar ao homem o que é fidelidade.

Sombra dormindo no sofá.. para variar!

Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.


As pessoas que falam dos outros pra você, 
vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.

Amigos de verdade nunca te abandonam.

Alguns...


...de muitos...


                         O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.

Deus é o maior poeta de todos os tempos.

Pôr do sol em Bonito... lembra?

                               A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
                                  Filhos são presentes raros.

Como somos abençoados!

                   De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças 
a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, 
chaves queabrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,destrói preconceitos,
cura doenças...

Não há vida decente sem amor!

s dois em Bonito!

                             E é certo, quem ama, é muito amado.
  E vive a vida mais alegremente...

Artur da Távola


Feliz aniversário!

domingo, 18 de setembro de 2011

Altas Horas

Serra Negra - junho de 2011
São nas altas horas da madrugada que eu e Tarcísio nos encontramos para conversar... isso porque a gente costuma deitar por voltas das 12 horas, vamos dormir cedo quando deitamos às 11! Depois que as crianças estão dormindo, os computadores desligados e a TV muda... fica apenas o silêncio da noite nos acompanhando... já ficamos no terraço observando a noite completamente silenciosa e deitados na rede, no sofá ou deitados no tapete, mas principalmente na cama...(melhor lugar para uma conversa à dois!). É sempre o momento que a gente tem tempo de conversar, contar as novidades, falar dos meninos, dos problemas, falar dos outros (rsrs) e de nós mesmos...
Lembro também que foram nas altas horas da madrugada que tomamos as decisões mais importantes, mais difíceis e também as melhores da nossa vida...dessas a gente nunca esquece e é pensando nisso que escrevo esse texto...
Durante as longas conversas que temos na madrugada, acabo fazendo algumas perguntas que nos levam a uma DR (discussão da relação)...ontem, numa dessas conversas, perguntei:

- você é feliz ao ter compartilhado metade da sua vida comigo? (Ele faz 40 anos essa semana, dos quais, 20 eu estive presente, de uma forma ou de outra!).

Resposta: ãhã...

Eu: (???????????????)

kkkkkkk... como assim? depois de 20 anos é essa resposta que eu tenho???????

Não sei como acontece com os outros casais, mas como é difícil ter uma discussão de relação com os homens, é por isso que discutimos a nossa relação com as amigas, só elas para nos entenderem! Mas com Tarcísio é assim, pouquíssimas vezes a relação foi discutida abertamente, ficamos um pouco nas entrelinhas...e mesmo nas entrelinhas a gente acaba compreendendo um pouco a perspectiva um do outro...antes eu via isso como adivinhar as coisas (e rezar para acertar!), hoje eu vejo que o tempo nos leva a conhecer muito mais a pessoa e o entendimento acaba acontecendo também nas entrelinhas...percebo que isso nos levou a um amadurecimento na relação que não tínhamos suficientemente bem a 10 anos atrás...e, principalmente no início da nossa jornada à dois!

Para não perder o fio da meada da conversa inicializada e respondida apenas como um "ãhã", falei que nesses vinte anos o que ficou foram as coisas boas, elas acabam se sobressaindo e pesando na nossa balança "armorial". Daí que nesse instante eu lembrei de um filme holywoodiano, dessas comédias românticas que repetem trocentas vezes na sessão da tarde, que eu particularmente adoro. O filme fala de um casal recém-casado que não aguenta as pressões e os problemas do casamento e decide se separar... ele arrasado, procura seu pai para pedir uns conselhos sobre o que fazer com a vida dele, e, como ele está sofrendo muito, ele fica com o álbum de fotos dos dois... o pai dele mostra o álbum de fotos e observa que nele só existem fotos felizes, mas que a vida real não é feita apenas de momentos felizes, mas também dos problemas e dificuldades que existem entrem uma foto a outra... à medida que você vai fazendo fotos novas, significa dizer que você conseguiu superar todos os problemas e que está seguindo em frente (mais ou menos isso, pelo menos o entendimento que eu tiro da mensagem deixada no filme!). Abaixo, o vídeo, que não apresenta essa parte que eu mais gosto, mas dá uma ideia do que tem a dizer:



E, procurando fotos antigas para um outro post (Mania de se encontrar...uma vez por ano!), acabei resgatando muitas fotos felizes nossas nos últimos anos...percebi portanto, que a gente vem conseguindo superar todos os nossos problemas e dificuldades, pois sabemos que entre uma foto e outra, passamos também por muitas problemas e provações, e, se agente consegue sempre tirar fotos novas é sinal que a nossa vida está caminhando para frente...

Quando falei do filme para ele e passei a mensagem subentendida, percebi (nas entrelinhas, claro!!!) que ele também chegou à mesma conclusão que eu, pois se estamos aqui juntos hoje é porque conseguimos ultrapassar vários obstáculos, é por isso que ainda temos vontade de tirarmos muitos fotos felizes ainda.

Campina Grande em 2009

Bonito - janeiro de 2009

Anjiquinho - Delmiro Gouveia - Abril de 2009

Paulo Afonso - Dezembro de 2010

Muro Alto - Novembro de 2009

Olinda - Outubro de 2009

Caruaru - junho de 2010

Formatura da FAESC - janeiro de 2009

Barra de Sirinhaém - novembro de 2010
E que venham mais fotos felizes!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O amor é pra sempre

Geralmente eu passo dois ou três dias fora por conta do meu trabalho e o contato com o meu povo é sempre por telefone ou por internet...nesses momentos, nada melhor do que estar conectada...Claro que a saudade aperta, a consciência pesa, principalmente por Enzo, mas alguém tem que trabalhar...e esses alguéns são eu e Tarcísio...
E mesmo quando eu chego, a gente mal se vê, pois Tarcísio está fora e aí, a gente só se encontra depois do "sol da meia noite", super cansados, mas com a certeza de que o outro está presente e isso nos basta! Hoje, também foi um dia em que nós não nos vimos, estávamos ausentes, mesmo estando presentes, estranho isso, mas verdadeiro! E quando o encontro por fim aconteceu, fui presenteada com um vídeo lindo que fala sobre o amor e sobre o tempo, compartilhado aqui...

E eis que o vídeo me levou para o nosso início...lembro de nós dois crianças numa festinha de aniversário de uma prima de Tarcísio... claro que não nos falamos, talvez até nem nos olhamos, mas sempre que vejo essa foto (vou ver se acho com a mãe dele!), me pergunto: maktub (estava escrito?)...além dessa foto tantas outras de nós dois juntos, adolescentes, novinhos, magrinhos... felizes!

Eu, Dandara e Tarcísio em junho de 1999.
Ele odeia essa foto, mas nem por isso deixa de ser um momento importante na nossa estória, mostra que o tempo é menos importante do que o sentimento que nos une. A única certeza que eu tenho é que o tempo fez de nós pessoas melhores, não sei se pessoas mais bonitas, mas com certeza, melhores e isso nos basta! Se o nosso amor é pra sempre, só o tempo vai dizer, nesses vinte anos de vida compartilhada, nos seus maus e bons momentos, o meu pra sempre já chegou e vivo ele a cada dia intensamente, como dá para viver, do nosso jeito, que talvez só a gente entenda...e do nosso jeito vivemos o nosso felizes para sempre!

Nós dois em Caruaru (2010)
Para finalizar esse texto (declaração de amor), não poderia deixar de citar o grande poeta Vinícius de Morais com o seu Soneto da Fidelidade... a todos que compartilham o momento do encontro, família e amigos, vivam intensamente o seu "felizes para sempre", lembrem-se que ele está acontecendo hoje e agora... acredito que a gente não pode perder tempo e a oportunidade de ser feliz é nesse instante... o amanhã só a Deus pertence!

SONETO DA FIDELIDADE
Vinícius de Morais
De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Reflexões sobre o 11 de setembro...mas não esqueçam da rosa, da rosa...

A impressão que eu tenho é que o 11 de setembro se tornou um produto comercial a ser vendido por meio de souvenirs, livros, filmes, documentários e toda sorte de possibilidades de comercialização... passa a ser objeto de consumo e passível de preço para àqueles que estiverem dispostos à pagar... desejo de coração estar errada!
                                                                          
Destroços do World Trade Center
O que ficou?
Que não tenha ficado pó e cinzas sobre os nossos corações, mas sim uma cicatriz para nos lembrar o quão triste podem ser as decisões tomadas pelos homens. Mas parece que as cicatrizes acabam sendo esquecidas, ou se tornam apenas uma lembrança tênue do que as ações humanas podem fazer. 


E assim, não posso esquecer das milhares de vítimas de Hiroshima e Nagazaki e tantas outras guerras que aconteceram e que ainda acontecem no piscar de olhos de vida humana nesse planeta. 
Explosão da bomba atômica em Hiroshima no dia 06 de agosto de de 1945

O que restou da Cidade de Hiroshima

Orações pelas vítimas de atentados terroristas.. à elas um verdadeiro tributo por meio da oração! 
Às famílias...esperança!
Aos nossos filhos: fé!

Mas não esqueçam da rosa, da rosa...

domingo, 11 de setembro de 2011

Desconectar para conectar

Mundo conectado
Essa é a frase traduzida do inglês de um vídeo bem interessante que está rolando nas redes sociais. As pessoas estão tão concentradas em estar conectadas com o mundo através da internet (celulares, facebooks, orkuts, twitters, blogs, etc) que acabam se desconectando da vida real...observei que aqui em casa cada um fica no seu computador conectado, as vezes até mandamos um recadinho para o outro pela internet (hã?) e no final, Enzo fica de fora tentando chamar nossa atenção de uma forma ou de outra, quando não dá mais, ele grita e chora! Não pensem que somos pais tão ruins, pura e simplesmente, o problema é que agora com a internet, o trabalho nos acompanha online também e adentra a nossa casa... outras vezes também estamos conectados com o mundo através de nossas redes sociais só por lazer...
Eu conectada em Delmiro Gouveia - AL

E o vídeo retrata bem essa realidade: todas as pessoas estão tão conectadas que acabam se desconectando do que é mais importante, como uma paisagem, uma boa conversa entre amigos, uma festa animada, uma criança desenhando e descobrindo a vida... coisas pequenas, mas de uma importância gigante para colocar o mundo no eixo de novo!
Então, quando eu recebi esse vídeo, mandei uma mensagem para Tarcísio (online, claro!): vamos nos desconectar só um pouquinho? Daí que na sexta à noite, pegamos Enzo e saímos para dar uma volta no bairro... não lembro a última vez que fiz isso, sem estar com nenhum compromisso associado. Claro que chamamos Dandara para nos acompanhar, mas ela no alto da sua pré-adolescência altamente conectada não conseguiu se desconectar simplesmente para dar uma volta no bairro. Respeitamos!
Enzo? Não, coisinhas que a gente acha na net!
E aí saímos andando pelas ruas de Jaguaribe, estava uma noite fresca e agradável... Enzo feliz da vida gastando suas baterias duracell (duram 8 vezes mais!) para alegria dele e nossa durante a madrugada! Alguns comentários:
- Como ele cresceu... um dia desses era um bebezinho...
- cuidado nenén, para não cair!
- Quer a florsinha Enzo?
- Olha o gatinho!!!!
Coisas simples e sem importância? Não, para nós teve outro significado, aproveitar as coisas simples e curtir a pequenetude de Enzo, pois o tempo passa rápido e logo, logo ele será um adolescente altamente conectado e sem tempo para ficar com os pais dele...
A lua também estava belíssima, andamos por uma rua esquecida e totalmente esburacada, passamos por um culto da Assembleia de Deus (lotado) no meio da rua... nessa hora Enzo ficou segurando nas minhas mãos e nas mãos de Tarcísio, quietinho, vendo a iluminação e escutando as músicas... durou uns 3 minutos, mas para a gente foi uma eternidade curtindo as mãozinhas dele nas nossas...depois, muita correria de novo e nós atrás dele! 
Desconectados: nós no Parque Belvedere - Paulo Afonso - BA
Finalizo esse texto declarando que no mundo de hoje é importante estar conectado, mas nada se compara a estar realmente conectada com pessoas e emoções de verdade! Vamos nos desconectar para nos conectar novamente? Há um mundo incrível lá fora...





sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Dias de quinta!

Não de "quinta" categoria, mas dias de quinta-feira, são os dias reservados especialmente para minha família. Família de pais, irmãos, cunhada e sobrinhos... não são dias que acontecem algo de especial e ao mesmo tempo acontecem tantas coisas agradáveis... é o dia que a gente tira para se cuidar (aproveitamos também para fazer unha, sobrancelha, barba, cabelo e bigode!), conversar, rir, chorar... e isso acontece sempre nas quintas, por isso torna-se um dia especial, mesmo que não aconteça nada de especial nesse dia... só sei que sinto aquela sensação de estar em casa de novo, nos tempos de crianças e jovens solteiros... minha irmã mais nova (Betânia) sempre diz que a gente faz terapia familiar depois do jantar... sempre tem um assunto que se estende, com todo mundo ao redor da mesa, e é bom!
Um dia de "quinta" na praia (2009)
Essa tradição de se encontrar nas quintas tem mais de 10 anos e começou justamente quando minha mãe começou a trabalhar e, como sua folga acontece sempre nas quintas, passou a ser o dia para estar junto dela. Por isso, sempre que posso não agendo nada para as quintas, quando não dá, sinto falta e tento compensar em outros dias, mas não é a mesma coisa, nada se compara ao clima da quinta, não sei bem explicar o que eu sinto.. só sei que é diferente!
Hoje foi mais um dia de quinta em família, pena que não foi completo, para mim só começou às 18 horas, mesmo assim aproveitei muito o tempo que sobrou para viver esta sensação do ESTAR JUNTO de novo! E com eles é sempre bom! Que bom estar com essas pessoas não só nas quintas, obviamente, mas na minha vida! mas um motivo para agradecer a Deus e esperar pela próxima quinta pra gente se encontrar de novo!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Independência como liberdade

O título faz um trocadilho relacionado ao título do livro "Desenvolvimento como Liberdade" de Amartya Sen (Economista Indiano e Prêmio Nobel de Economia de 1998). No dicionário essas duas palavras são colocadas como sinônimas, mas na realidade elas se mostram completamente diferentes. Nós temos independência mas não temos liberdade: liberdade de andarmos tranquilos nas ruas, liberdade em escolher nossas opções sexuais, religiosas, políticas e até futebolísticas, liberdade em buscar oportunidades, liberdade em tomar atitudes contra a corrupção, liberdade em ser quem somos em nossa essência, sem que sejamos atropelados por vários tipos de violência, ou seja, nós temos independência, mas não temos liberdade.
Em seu livro Amartya Sen nos deixa a seguinte ideia:

A expansão da liberdade é o principal fim e o principal meio do desenvolvimento. Consiste na eliminação de tudo o que limita as escolhas e as oportunidades das pessoas.


Amartya Sen
Ele expressa isso na seguinte afirmação: "Os fins e os meios do desenvolvimento exigem que a perspectiva da liberdade seja colocada no centro do palco. Nessa perspectiva, as pessoas têm de ser vistas como ativamente envolvidas - dada a oportunidade - na conformação de seu próprio destino e não apenas como beneficiárias passivas dos frutos de engenhosos programas de desenvolvimento" (SEN, 2000, p. 71).


E é nessa perspectiva de busca de liberdade que deixo uma reflexão sobre a real independência do Brasil. O país vem alcançando melhorias significativas, retratadas pelos principais indicadores econômicos e sociais existentes, mas isso vem com um custo alto, quando a busca do desenvolvimento almejado limita nossas escolhas e busca de oportunidades. Quando observamos uma juventude transviada em que os limites são ultrapassados e o desrespeito impera sem o menor problema, quando o TER passa a ser mais importante que o SER, quando passamos a ser reféns do MEDO e das grades de nossas casas, quando a vida passa a ser ONLINE e as relações interpessoais acabam se perdendo com o tempo...tem alguma coisa errada com a vida na PÓS-MODERNIDADE!
Acredito que precisamos investir na mudança de atitudes e não precisamos esperar pelos outros, basta seguir o sábio conselho de Mahatma Gandhi: seja você a mudança que quer ver no mundo!

Viva a liberdade do Brasil!








terça-feira, 6 de setembro de 2011

Melhores amigas


Melhores amigas são como irmãs que a gente escolhe, aquelas que nos concedem a oportunidade de manter um vínculo afetivo, que não precisa ser necessariamente originado no sangue, mas é como se a gente conhecesse a pessoa muito antes dessa vida lógica e racional... vem de muito antes, acho que até de um plano espiritual... eu sinto isso em relação a algumas  pessoas (graças a Deus!), e sempre que estou com elas sinto uma alegria imensa... até nos momentos difíceis, sinto que a ligação entre nós se torna até mais estreita, é como se eu sentisse também a mesma dor...


Quisera eu ser rodeada de melhores amigas, mas sou muito feliz com as poucas, mas melhores amigas que eu tenho, que a gente possa viver intensamente nossas alegrias e também nossas dores, afinal é para falar sobre esses momentos que a gente está aqui... hoje estive com uma delas e ficamos conversando por alguns momentos, e, nesses breves momentos falamos tudo e mais um pouco, pois sabíamos que uma podia contar com a outra, sem precisar de muitos detalhes... no final só precisaríamos dizer: estou aqui amiga e irmã!


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

E depois de um fim de semana, vem a solidão!

Claro que não é uma solidão propriamente dita, é aquela solidão em que cada um volta aos seus afazeres cotidianos, o dia em que precisamos trabalhar e dar um direcionamento racional em nossas vidas... afinal "navegar é preciso, viver... não, é preciso!".
E ao longo da semana a gente acaba se encontrando, rapidinho, às vezes... por telefone, nos corredores do trabalho, assim, assim... se encontrando e desencontrando...
Eu poderia estar escrevendo minha tese de doutorado agora, pois hoje não fui trabalhar por conta da greve na UFAL (amanhã haverá mobilização em Maceió), mas estou aqui com aquela ressaca de fim de semana festivo e preguiçoso...mas vamos lá, alguém tem que trabalhar (ou escrever uma tese!) né? 
"Assim caminha a humanidade..."

Essa foto de Enzo (com três meses) retrata bem a cara de "injicado"* que acordei hoje, de acordo com Cândida!

* Injicado, do verbo injicar, que significa enjoado, mal-humorado, cansado!

Ps.: eu não sei se esta palavra consta no vocabulário pernambucanês, mas aqui todo mundo entende, visse!