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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Mãe, dias sim, dias não!

Como o dia das mães é todo dia... eu sou mãe dias sim, dias não...
Por conta do meu trabalho, preciso estar longe das minhas crias alguns dias da semana! Para muitas mães isso é inconcebível e por esse motivo já recebi algumas críticas que me deixaram para baixo... Fico me perguntando se estou fazendo a coisa certa, pois sei que as necessidades de mãe que as crianças sentem são intensas e que por mais que o pai, as avós e as tias estejam presentes, nada é mais importante do que a figura materna em determinados momentos do dia, principalmente nos momentos de doenças e preocupações...
Não é a primeira vez que isso acontece na minha vida... e a experiência de Dandara com minhas ausências são bem dolorosas para nós duas!
Durante o meu mestrado precisei me ausentar da vida dela... foi uma experiência bem difícil, pois ficávamos sem nos ver as vezes até por mais de 2 meses e ela era tão pequeninha, foram meses de muita rebeldia, de agressividade e de tristeza de ambos os lados...eram as formas que a gente encontrava de extravasar a nossa saudade. Sei que desse período ficaram marcas na sua vida (e na minha!) que jamais serão apagadas ou esquecidas e sei o quanto ela tem dificuldade de tomar decisões sozinha, pois há uma dependência emocional extrema em relação à mim...
Sempre justifiquei minhas ausências explicando que toda distância, por mais difícil que fosse, era para o bem dela, mas que também era para o meu bem (egoísmo isso?), pois minha felicidade não está relacionada apenas a um aspecto da minha vida, mas de múltiplos aspectos, inclusive a minha formação profissional...
Agora, mais uma vez vivemos essa experiência da distância e agora, tanto ela como Enzo, precisam superar minhas ausências... claro que dessa vez é menos problemático pois fico ausente dois ou três dias da semana e eles acabam passando por isso sem muitos problemas, pelo menos aparentemente!
Quando chego, Enzo não desgruda e Dan fala pelos cotovelos me atualizando de tudo que aconteceu enquanto estava longe, por isso preciso dedicar mais tempo para eles para que supram suas necessidades de presença materna, o que não é fácil pois chego exausta da viagem e com um monte de tarefas do trabalho e do doutorado a serem cumpridas em casa. 
Meus filhotes!

Por isso, nunca me acho uma super mãe, eles mereciam uma mãe mais presente e mais carinhosa (pois tenho dificuldade de demonstrar meu amor...). Por outro lado, sei que minhas ausências podem ajudá-los a ser pessoas mais fortes, independentes e a enfrentarem as dificuldades sozinhos, pelo menos acredito nisso! Espero não estar errada!
Quero apenas que eles saibam que eles fazem minha vida muito mais feliz e que não consigo imaginar minha vida sem eles junto (e longe) de mim, e que por mais ausente fisicamente que eu esteja, estamos ligados por uma linha invisível mas, intensa de muito amor!
Sempre que saio de madrugada vou na cama deles e peço para que Deus e os anjos da guarda os protejam, para que nada de mau aconteça com eles na minha ausência e assim, entrego meus filhos nas mãos de Maria, a mãe de todas as mães e é por isso que venho, pois acredito que eles estão sendo cuidados enquanto estou longe. Para mim, peço sempre mais uma oportunidade de estar com eles novamente!